O que posso (e devo!) fazer para não ser substituído por um robô.
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A Inteligência Artificial pode substituir todos os humanos. É o que disse o físico Stephen Hawking durante entrevista à conceituada revista norteamericana Wired. Ele não pôde comprovar sua profecia, pois acabou falecendo em 2018. Mas projeções à parte, os robôs já chegaram com tudo. E não seremos nós, pobres mortais, que conseguiremos detê-los, muito menos os “ricos mortais”, já que Daron Acemoglu, do MIT, e Pascual Restrepo, da Universidade de Boston, concluíram que “cada robô adicional na economia dos Estados Unidos representa 5,6 trabalhadores a menos, e cada robô adicionado à força de trabalho, a cada mil trabalhadores humanos, faz os salários caírem entre 0,25% e 0,5%”. O estudo está publicado no National Bureau of Economic Research.
A grande ironia é que isso tem tudo a ver com a humanização. Faço essa correlação porque recentemente precisei estudar um pouco para melhorar a argumentação sobre o tema. Ao buscar notícias em sites e artigos publicados no Brasil e no mundo, torna-se quase impossível não ligar a causa humanizar às “ameaças que chegam com os robôs”.
Para Vergara e Branco, “entende-se por empresa humanizada aquela voltada para seus funcionários e/ou para o ambiente, que acrescenta outros valores que não somente a maximização do retorno para os acionistas”. Mas perceba que, até que se prove o contrário, robôs estão voltados para o lucro. Nós não. Ou, pelo menos, não deveríamos estar. Segundo Costa, “humanizar significa respeitar o trabalhador enquanto pessoa, enquanto ser humano. Significa valorizá-lo em razão da dignidade que lhe é intrínseca”. Já Mancini e outros autores argumentam que “a responsabilidade social é um meio de administrar os negócios da empresa tornando-a parceira e co responsável pelo desenvolvimento social, tendo por objetivo comprometer a organização com um padrão ético de procedimento”.
O ganho nisso tudo é que essas empresas humanizadas estão, cada vez mais, em busca de ações e indicadores relacionados à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), nos mais diversos âmbitos: econômicos, políticos, psicológicos e sociológicos. E quem vive – e tenta sobreviver! – somos nós. No entanto, pode-se interpretar, na melhor das hipóteses como uma curiosidade, o fato de que enquanto instituições estão “buscando a humanização”, o robozinho, apesar de não saber que sabe, bem no fundinho de seu HD, também quer ser humano. E nós, os humanos, muitas vezes dedicamos a maior parte de nosso tempo a atividades “robóticas” e tentamos tomar decisões frias. Ou seja, ser uma “máquina” ainda é um elogio. Só não sei até quando.
Tanto na vida de estudante quanto na vida corporativa – como professor ou como profissional de marketing e estratégia – tenho percebido que não existe nada mais importante para as empresas do que as pessoas. Está aí o maior diferencial sustentável das instituições. E isso me motiva a escrever e querer compartilhar os sentimentos e percepções aqui nesse espaço. Outro dia fui chamado para dar uma palestra para adolescentes de uma escola. Pediram que eu compartilhasse alguns conselhos para que eles pudessem ter, pelo menos, um futuro digno. Obviamente não tenho o “caminho das pedras”, então foquei boa parte do tempo em falar para buscarem algo que faça os olhos brilharem.
Quanto às ameaças da substituição da “mão de obra humana”, profetizada por Stephen Hawking, usei um artigo da especialista Martha Gabriel, “Como não ser substituído por um robô”. Em meio a tantas informações relevantes, o texto destaca aspectos “humanos” que precisamos cultivar, como “Pensamento Crítico, Imaginação e Criatividade, Conexão com Pessoas, Conexão com Tecnologias e Resiliência”. Por fim, cabe a nós, que pretendemos fortalecer nosso lado humano, seguirmos essas valiosas dicas, pois como o próprio texto alerta: “Para não ser substituído por um robô, não seja um robô”. Ou melhor dizendo: seja humano, aprimore os soft skills e humaniza-se!
Diante desse cenário, cabe o questionamento: sua empresa está preparada para o presente e futuro? Esse preparo passa, principalmente, pela mentalidade dos colaboradores. Portanto se você precisa e quer trabalhar esses aspectos, a Kol’s Consultoria Prática tem a solução adequada para a sua empresa. Entre em contato conosco.
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Luis Gustavo Leite é publicitário com MBAs em Marketing Gerenciamento de Projetos, ambos pela FGV, e Mestrado Profissional em Administração pela Fundação Dom Cabral. Experiência em Comunicação Corporativa, Marketing, Estratégia Empresarial e Experiência do Consumidor com base no Modelo Disney.
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