PEM: o game over do improviso

Estima-se que apenas 10% das médias empresas no Brasil têm planejamento de longo prazo, revela pesquisa divulgada pela Infomoney em 2020.

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Uma das tarefas mais complexas (e caras) de uma organização, certamente, são aquelas que envolvem o planejamento estratégico, principalmente o de marketing. É quase impossível ignorar a crescente da horizontalização do marketing, muito abordada por Kotler em 2017. 

Tais demandas acarretam a permanente necessidade de realizar pesquisas sobre comportamento do consumidor,  que é influenciado pelo ambiente macroeconômico, em que não faltam desafios geopolíticos, reconfigurações legais (demandando projetos de Compliance, por exemplo), relações de trabalho pós-pandemia e a transformação de competências do negócio de cada um.

Nesse contexto, o planejamento estratégico de marketing não é um “documento” estático, mas sim uma verdadeira roda viva que está atenta às variações de mercado que de uma hora para outra, podem tirar você da corrida concorrencial. Os dados mais recentes traduzem a importância do planejamento estratégico para as organizações: o último boletim de 2021, do Ministério da Economia, Mapa de Empresas, revela que no segundo quadrimestre de 2021 foram cerca de 484.553 empresas fechadas, e, mesmo com um fôlego financeiro melhor, somente 10% das médias empresas no Brasil têm planejamento de longo prazo (Infomoney, 2020).

Equivocadamente, ainda é comum no imaginário brasileiro que o gestor não deva se afastar do controle executivo da empresa para se dedicar a atividades de planejamento estratégico, pois sua ausência provocaria falhas insuperáveis na operação. Isso decorre do senso comum, de ditados como “o olho do dono é que engorda o gado”.

Tragicamente, é a realidade de 21% das empresas que não conseguem sobreviver após o primeiro ano (IBGE, 2019). Então é necessário refletir: a execução exclui o planejamento? Teria como “executar” o que não se planejou antes? Por que pensar o planejamento estratégico a partir do Marketing? O que é perceptível para o cliente?

As PME ‘s representam 27% do PIB nacional, mas a falta de planejamento interfere diretamente na sua credibilidadeao passo que, até hoje os brasileiros enxergam o Estado e as Grandes Empresas como os principais pólos de fonte empregadora confiável do país, mesmo com a alta do empreendedorismo (DOLABELA, 2008).

Planejar significa construir cenários que vão além do posicionamento e de números absolutos, fazendo uso de métricas e metodologias a fim de tangibilizar as ações e resultados. O Planejamento Estratégico de Marketing (PEM) é uma metodologia desenvolvida na Escola Finlandesa de Marketing que a partir de um setup individualizado da empresa – trabalha em 04 (quatro) etapas. Vejamos:

Ilustração da Kol’s Consultoria Prática
A etapa do Setup, define a abrangência e a profundidade do Planejamento Estratégico de Marketing (PEM), ou seja, uma fotografia do atual cenário e as limitações de alcance do projeto.

Elementos mais objetivos como: quem é a organização diagnosticada e seu mercado, Stakeholders, concorrentes/benchmarks e análises de comunicação.

Já nas etapas intermediárias, o Diagnóstico Estratégico passa a ser uma imersão, através de auditorias, avaliações do macro microambientes, que definirão os primeiros pontos estratégicos da consultoria.

As Definições dos Objetivos e Indicadores-chave de Performance (KPIs) serão adotados como guias do Plano Tático – que é a última etapa e a mais valorizada pelo cliente – momento de implementação das ações propostas no PEM. Cada etapa merece um artigo individual, sendo agora uma breve introdução.

Na gestão profissional e globalizada, o improviso não tem seu lugar,  principalmente por haver uma tendência em que produtos e serviços concorrem e se confundem o tempo inteiro em diversos setores.

Sem direcionamento (ou aconselhamento), fica só a lição do gato de Alice no País das Maravilhas: “se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve!”. Mas também é intuitivo afirmar que até mesmo o gestor mais desatento e dado ao improviso, não receberia bem os resultados ruins, caso se concretizassem. Então, valorizar a técnica-científica de gestão e planejamento estratégico (sobretudo de marketing) são formas mais prudentes de influenciar e tomar decisões, algo que interfere diretamente na credibilidade da organização.

O que não falta são instabilidades institucionais no Brasil e negligenciar a gestão de riscos e o planejamento estratégico sob o prisma do marketing, muito provavelmente será o início de game over do seu negócio.

Se você quer sair do improviso e alçar voos altos para a sua empresa, faça contato com a Kol’s Consultoria, que vamos te ajudar a encontrar bons ventos. 

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