“Se você não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve”
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No filme Alice no País das Maravilhas tem uma cena clássica muito utilizada como metáfora para gestão de carreiras e também de empresas. É quando a personagem principal pergunta ao gato-mestre qual caminho seguir. E então ao ser questionada onde queria chegar e não saber responder com exatidão, ele dá a clássica resposta “Se você não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve”. Mas a grande sacada da obra de Lewis Carrol ocorre no momento seguinte da famosa frase. Tão logo Alice sai seguindo qualquer caminho, o gato-mestre deixa uma risada sarcástica. Embora este momento passe despercebido pela maioria das pessoas, lembro de um palestrante certa vez usando o sarcasmo do gato para deixar claro que essa era a representação perfeita do mercado, que tripudia e passa por cima das empresas que não sabem onde querem chegar.
Quando sou convidado para falar sobre estratégia, costumo dizer que saber o destino pretendido é um pressuposto básico para iniciar qualquer trabalho. Mas também deixo o alerta que não existe receita de bolo para planejamento estratégico, por isso a importância da etapa do diagnóstico. No entanto, é necessário dar o passo seguinte. E isso passa, por questões objetivas. Nesse momento, é fundamental a utilização de métricas. O estatístico Willian Deming conseguiu resumir bem rotinas para o sucesso empresarial: “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia!”.
As empresas de sucesso implantam sistemas de gestão voltados para indicadores estratégicos, táticos e operacionais. São muitas as possibilidades, tanto que esse modelo foi e ainda é objeto de estudo de muitos pesquisadores. Mas ninguém obteve tanto sucesso quanto os professores de Harvard Kaplan e Norton, que já em 1997 identificaram que gestão por indicadores se relaciona a “ativos intangíveis que garantem o sucesso da empresa no futuro”. Até então, indicadores significavam apenas controlar questões operacionais, no que o mundo corporativo conhecia como era da qualidade total. Mas os professores de Harvard foram além, identificando que mais do que processos perfeitos, as empresas teriam crescimento, redução de riscos, comunicação mais fluida e maior comprometimento de seus stakeholders.
Destes estudos, surgiu a metodologia por gestão de indicadores mais utilizada pelas empresas de sucesso: o Balanced Score Card, mundialmente conhecido como BSC. Kaplan e Norton foram felizes ao identificarem que as empresas deveriam ter uma rede de indicadores para todos os níveis organizacionais. Assim, esta rede se tornaria uma ferramenta poderosa para comunicar e promover o comprometimento geral com a estratégia da organização.
Estudando e trabalhando há cerca de 10 anos com a metodologia do BSC em pequenas, médias e grandes empresas, percebo que existem fatores críticos de sucesso como “envolvimento do corpo gerencial, processos bem definidos, gerenciamento contínuo, sistema e tecnologia”. Todos eles destacados em estudo realizado por Pietro e Laurindo.
O mercado está cada vez mais competitivo, isso não é nenhuma novidade. E as coisas vão piorar nesse quesito, pois os competidores chegam de todos os cantos. As oportunidades também crescem na mesma proporção da competitividade, dos avanços tecnológicos, do acesso à informação e das possibilidades de se atingir um público cada vez maior. Nesse sentido, percebo o quanto o modelo do Balanced Score Card é atual e adaptável às realidades de quem não quer ser objeto de chacota pelo mercado.
Se você quer fazer sua empresa se destacar e comemorar com boas risadas, entre em contato com a Kol’s Consultoria Prática, que temos experiência e podemos ajudar você a implantar ou ajustar seu sistema de indicadores.
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Luis Gustavo Leite é publicitário com MBAs em Marketing Gerenciamento de Projetos, ambos pela FGV, e Mestrado Profissional em Administração pela Fundação Dom Cabral. Experiência em Comunicação Corporativa, Marketing, Estratégia Empresarial e Experiência do Consumidor com base no Modelo Disney.
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